29.4.07

Complexo de Bruce Wayne

O que me atraiu no Sawyer desde o começo? O cinismo? As tiradas àcidas e sarcasticas? As cantadas que ele dava na Kate? A forma como ele encarava e desafiava o Jack? Sim, tudo isso e mais um pouco!

Ontem uma tia minha resolveu assistir Lost pela primeira vez, então fui assitir ao Piloto com ela até porque já fazia um bom tempo que eu não revia esses primeiros episódios. Notando as reações da minha tia em relação ao Sawyer (o mesmo que -quase- todo mundo achava dele no começo da série) notei q eu desde o primeiro momento que me deparei com esse homem na tela da tv o vi de forma diferente da maioria das pessoas.

Eu devo ser mesmo uma criatura estranha... enquanto todo mundo achava o cara um arrogante prepotente, eu achava ele simplesmenrte o maximo! x))~

Não sou do tipo que gosta dos personagens politicamente incorretos, dos heróis violentos e dos personagens imorais ou amorais... Mas enquanto todo mundo via essas caracteristicas no Sawyer, eu via apenas um homem de pavio curto, sem falsos pudores e que não gosta de receber ordens de um cara que nem conhece (Jack). Sim, falsos pudores, pq Jack desde o começo também estava interessado em Kate mas ficava cheio de dedos enquanto Sawyer dizia logo na cara a que veio e o que lhe interessava.

O que me atraiu no Sawyer desde o primeiro momento foi justamente o fato dele não ter papas na lingua, dizer na lata o que estava achando da situação e que se danasse o resto. Sim, eu achava que às vezes ele exagerava, mas de maneira geral eu admirava a atitude dele. Era uma atitude, que diga-se de passagem o Locke também sempre teve, mas Sawyer na sua ânsia de ser odiado (coisa que só fomos descobrir no episódio Confidence Man) exagerava propositalmente na dose.

Acho que somente uma nerd que já passou tardes e tardes assistindo Sessão da Tarde notaria logo de cara no episódio Piloto que Sawyer era a versão adulta do Chris Chambers (River Phoenix em Conta Comigo, filme baseado em um conto de Stephen King): o carinha que tinha uma vida ferrada e se escondia atras de uma atitude de rebelde sem causa por medo de que descobrissem o quão fragil ele é na verdade.

Para os que chamam Sawyer de cafageste, pervertido e adjetivos "meigos" desse genero, vale lembrar que o personagem de River Phoenix era, apesar de ferrado, o ponto de apoio dos outros 3 garotos (um gordinho, um mentalmente instavel e um traumatizado pela morte do irmão mais velho) e morreu apartando uma briga de bar entre dois estranhos. Não é a cara das atitudes "suicidas" de Sawyer apartando briga de Jin e Michael c/ Sayid, tomando tiro por causa do Walt, apanhando pra proteger a integridade da Kate e dando a vida por ela? ;D
Talvez eu tenha feito essa associação pelo fato de nunca ter gostado de protagonistas, eu sempre vou com a cara dos antagonistas, os que tem peito pra desafiar o sabe-tudo dos protagonistas. Amo o Superman, mas numa aventura dele com Batman, não exito por um segundo em preferir o morcegão, afinal só ele é capaz de corrigir ou "dar uns toques" ao Homem de Aço.
E por falar em Bruce Wayne... esse é outro que me faz lembrar do Sawyer: ainda criança viu os pais serem mortos e jurou vingança; cresceu e vive como um playboy durante o dia enquanto a noite luta contra o crime em Gothan City. Familiar, não? (claro, tirando a parte do "luta contra o crime em Gothan City" *lol*)

É curioso como algumas pessoas enchem a boca pra dizer que hoje em dia se dá mais valor aos "mau-carateres" e às atitudes malandras do que aos "bondosos" e às boas maneiras quando na verdade o que acontece é que hoje em dia as pessoas cada vez mais agem de acordo com o que realmente pensam ou sentem e não de acordo com o que a sociedade vai pensar deles.
Jack não é nenhum santo mas passou a vida inteira agindo como politicamente correto e com isso só se frustrou e ainda se frustra até hoje dentro da ilha. E os telespectadores a cada dia que passa se cansam mais dele por isso. Sawyer, por outro lado, vive dando a cara pra bater e por isso aos trancos e barrancos está se tornando a cada dia que passa um homem genuinamente melhor, pois as coisas boas que ele faz são de coração e não pensando na imagem que vai passar para os outros. Sawyer é fiel a si mesmo, aos seus principios, por mais tortos que eles possam parecer pra quem não o conhece ou o menospresa.
Uma das coisas, se não a coisa que eu acho mais interessante em Lost é a parte psicologica da série, a forma como os personagens são tão bem construidos e como se pode fazer verdadeiras teses de psicologia com cada um deles. E Sawyer é de longe o personagem mais interessante nesse aspecto. É uma pena que a maioria dos fãs de Lost se concentrem tanto nos "mistérios" que acabam menospresando o aspecto mais interessante da série e consequentemente subestimando o melhor personagem de todos: James Ford.
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Leia ouvindo: Stand by Me - Percy Sledge

16.4.07

Patinando sobre Jate (Skating over Jate)

Ah, a Primavera! Tempo de recomeçar. Tempo de renovar as esperanças. Tempo de agradecer. Ok, tá certo que a ultima parte é na verdade associada com o Outono, mas aqui na Fishbiscuitland, nós agradecemos na Primavera. Que seja.
Você deve estar se perguntando o que temos a agradecer. .Bem, vamos recapitular. Viagem comigo até um ano atrás –meados de Abril de 2006. Foi uma época confusa. Onde pensamos que Sawyer e Kate estariam engrenando um romance graças ao que assistimos no começo da 2ª temporada, mas aí nos deparamos com um pós-golpe campo de batalhas com os corpos de três sapos e constrangedoras redes mal-posicionadas. Nossas previsões estavam cambaleantes. Chegando ao fim da temporada, tudo o que esperávamos –tudo o que ousávamos sonhar- era algum tipo de interação Skate positiva.Algo que indicasse que Jate não era Fate. E também, sem mais redes. Nunca mais. Em resumo, nosso desejo era simples, e nossas expectativas eram baixas.

Graças a isso, nós estávamos contentes o bastante com a nossa cena Bonnie e Clyde. Ela funcionou. Foi quente, e detonante, e o screen capture virou o preferido da media para representar Lost durante todo o verão. Além do mais, foi mil vezes melhor que aquela esquisito olhar S&M que os Jaters tiveram. Passamos pelo hiatus respirando melhor, mas ainda assim não criando muitas esperanças.
Mas logo à frente, ao que a 3ª temporada foi chegando, foi ficando aparente que não somente nossas fantasias, mas em alguns momentos, nossas fantasias mais loucas estavam para virar realidade. O que fizemos para merecer essa benção? Sawyer apaixonado? Beijo épico? Bela cena de sexo? Chamego pós-sexo? Kate dando a vida por Sawyer? Até um épico abraço? (Quem diria que um abraço poderia ser épico?)
Pelo que conheço sobre ‘shippar’, nós ganhamos na loteria, meus amigos! Sem duvida! E agora com boatos sobre sexo por ciúmes circulando por aí e a comunidade Skater já ultrajada espumando de raiva, eu decidi que não existe momento melhor para darmos uma olhadinha no banquete, ou devemos dizer avalanche, de gostosuras que foram-nos oferecidas até agora.
Vamos começar com as grandes. Lembram-se disso?

Ei, e disso?
E claro, quem se esqueceria disso –a cena de amor que receávamos nunca ter a chance de ver, ainda mais num dos seis primeiros episódios!

Seguido por nada menos que isso
Ah, e disso também
Essa parte ainda me deixa arrepiada
E mais uma que fala por si só

E por ultimo, mas não menos importante, que tal isso como um belo abraço? Será que algum outro casal de Lost teve um abraço que durou 5 longos minutos, com musica instrumental própria, pra completar? Acho que não.
E vamos também dar uma olhada nas pequenas coisas entre as grandes de deixar o queixo caído.
Nosso primeiro Skate da temporada –e possivelmente o mais fofo repartimento de comida não feita para humanos a ir ao ar.
Morangos e Biscoito de peixe? O sabor mais sexy do mundo
Kate e Sawyer não param de se paquerar nem mesmo dentro da mente de Locke. Flerte em sonhos, pessoal! Dá pra ficar mais canon que isso? Eu presumo que não.

Até nosso alivio cômico é sexy!!
Essa aqui é linda
Repitam comigo: awwwww
Não devemos nunca subestimar o valor dos conflitos
ou das bobagensinhas Ainda tivemos longos olhares
E o mais perfeito simbolismo juntos...

... ou separados
Sem querer parecer pretensiosa, vamos ter em mente que já nos garantiram mais uma, e possivelmente outras, cenas de sexo nessa temporada (em algum lugar uma bolha se explodiu)
E embora não dê pra ilustrar, não nos esqueçamos que NOSSO ship tem as melhores conecções de flashbacks. Claro que já sabemos que a mãe de Kate vendeu uma cerveja a Sawyer em um restaurante, e que Sawyer e Kate tem uma bizarra fascinação por Tallahassee (terra das casas de waffle e das DSTs). Mas nessa temporada descobrimos que eles dividem outra conecção com a Florida, e que o ex-marido de Kate, Kevin, provavelmente trabalhou no “caso de Tampa” de Sawyer que deu errado. E ainda mais significativo, a ex-namorada/vitima de Sawyer, Cassidy foi melhor amiga de Kate por um tempo, e Kate ainda lhe perguntou onde encontrar Sawyer, provavelmente para o tacar fogo ou dar-lhe uma lição. Outro detalhe bacana –o boné de Kate diz “Cowboy Up”, uma das frases predileta do nosso garoto.
Hmmm. Quase encontros? Amigos em comum? Referencias indiretas? Se eu não soubesse, acharia que os autores estão indicando que algo como o destino finalmente colocou essas duas crianças uma em direção a outra. É uma penas que essa palavra já tenha sido patenteada e registrada pelas Bolhas para uso pessoal desde 2009 ao infinito. Afinal de contas, elas precisam mais dela do que nós, pelo que eu saiba. Jack e Kate tem exatamente zero conecções em flashbacks. Mas caramba, ainda há tempo! Talves eles consigam até a temporada dos zumbis. Aposto que a tattoo do Zumbi Jack diz “J.I.F.” em tailandês.
Bom, enquanto ainda estou por aqui, me deixem ser franca. Aquilo ali... aqueles caps? AQUELE é o ship oficial de Lost. A tv, em toda sua importância, é uma mídia visual. O que você vê é o que você tem. E o que vemos é Skate. Sabe, noventa e nove porcento da audiência geral não dá a mínima para entrevistas, ou ridículas promos infladas, ou press releases. Eles não lêem teorias online ou fantasias sobre amô verdaderu e Sina/Fado. Eles não ligam para fanfics, e muito menos para analise de personagens. Eles ligam, e se lembram, do que vêem. Pense em todos os programas de tv que você já assistiu no passado. Você se lembra do que o diretor disse em entrevistas, ou do que as promos tentaram vender? Ou você se lembra o que aconteceu nos episódios –a estória que você viu ser desdobrada em sua tela? Pense… não tem pressa.
O que você viu ali acima naqueles caps não é amizade, ou relação de irmãos. Não é algo que imaginamos ou inventamos ou nos convencemos em sessões de grupo, ou algo extrapolado baseado em fanfics. Não é uma série de enganos fora-dos-padrões-dos-personagens, ou auto-punições. E com toda a certeza não é um obstáculo no caminho de outra, mais importante, estória de amor. Aquilo ali é A estória de amor -a estória de amor oficial de Lost. Lembram-se de Lost, certo? Aquele seriado sobre sexies sobreviventes de um acidente aéreo que passa às 4as Feiras na ABC? Não deve ser confundido com o Lost que passa em alta definição na cabeça das Jaters todos os dias na Hora-Maluca no canal DaPorcaria.
Em contraste com nossa sorte inesperada, o que exatamente Jate tem a seu favor nessa temporada? (não usaremos caps, porque, sejamos sinceros, só tem uns três). Eles tiveram Kate implorando para Jack salvar a vida de Sawyer, e ouvindo berros em resposta. Tiveram Kate recusando ir embora sem Jack e ouvindo berros em resposta. Tiveram Kate tentando resgatar Jack, e ouvindo berros em resposta (mas com handjex... com handjex!!). Tiveram Jack abandonando Kate com torturadores psicóticos, pois eles juraram que a deixariam ir. E tiveram uma hilária cena não-intencional com Jack acordando, jogando Kate contra uma parede, e então a ignorando enquanto ela chora –o que aparentemente é uma melhora se comparada aos berros. Oh, e não vamos nos esquecer daquela constrangedora cena das toras da fogueira. Bingo!
Então basicamente, o que as Jaters tem para representar seu fatídico e épico amor nessa temporada é nada mais que uma grande pilha de m****a. Apenas imagine, se puder, a grande alegria se elas tivessem sido agraciadas com apenas algumas das nossas menores cenas. Se, por exemplo, Kate pedisse a Jack uma segunda chance, tirasse um dardo de seu sapato ou acendesse sua tocha na tocha dele. Teríamos a diversão garantida de ouvirmos falar da jatechance, do jatedardo e da jatetocha? Acho que sim. E estou quase triste por termos perdido essa oportunidade. Mas enfim, todas essas cenas são NOSSAS.
Concluindo, Skaters, os tempos são bons. Então não importa o que aconteça nas proximas semanas, tenham em mente que já estamos na metade dessa série, e bem em relação ao romance. Deus abençoe que a estória de amor não é Jate.
Texto original: Skating over Jate, da Fishbiscuit

1.4.07

Finalmente saiu a ultima Lost Magazine com a tão esperada entrevista de Evi e Josh!

Scans:
Transcrição da entrevista:

The ‘L’ Word
Love. Lust. Lost. Evangeline Lilly and Josh Holloway talk exclusively about the deep emotions that paradoxically unite and divide Kate and Sawyer…
Words: Tara DiLullo

Question: Lost’s fear factor is definitely on the increase, both in terms of the environment of the island, and the characters’ emotional challenges. What do you think Kate and Sawyer are most afraid of?
Evangeline Lilly: We’ve seen in their flashbacks – and on the island – that they are afraid of intimacy. They have avoided being social on the island to a very extreme degree. You saw Kate grab hold of Jack in the beginning and maintain the relationship there, but that came out of fear and her desperation to get off the island. Accidentally, she developed feelings for him. Initially, she wasn’t intending on going there with Jack. Kate wasn’t interested in relationships on the island and neither was Sawyer, which is why they became friends – they realized they had this commonality of avoiding intimacy.
Josh Holloway: At this point, a lot of strange, scary and out-of-the-ordinary things have been experienced by most, if not all, of the castaways. But Sawyer is most afraid of being vulnerable and actually caring about someone else. I have always felt that one of our show’s greatest strengths – that attracted so much of the audience – is the behavioral study of all these interesting characters. I think people find similarities between themselves and these characters in one way or another, in so many ways or so little ways and that is truly what makes people fall in love with Lost.

Q: What did you think about the way the Others have been developed?
EL: I really love the way they are humanizing the Others. They are taking them from a mythical place and showing us they are people, just like you and I. They maintain a theme that has been carried on from the very beginning of Lost right up until the episode we are shooing right now – that initially, we see people as a stereotype or generalize who they are. We first met Jin and thought he was a stereotypically abusive, controlling man, but we discover there is so much more to him than that. Kate is like the heroine of the story, who will need to be rescued… and then you find out she is a criminal. They have done the same thing with the Others.
JH: [The ‘Otherville’ scene in] the first episode of season three – wow, I liked that a lot! Not long after the opening scene, to show the audience that the Others’ community is in fact within the island was cool. I work really well with [the Others and] all the actors on Lost. Most of us have worked together consistently for almost three years now, so in some ways we are like a family. The new cast has been a great addition as well. I couldn’t ask for better coworkers.
EL: It’s cool and crazy the way that the Others were trying to break Jack and invite him to be one of them, that was fascinating. The fact that Ben is so clever about the way he goes about it and he ends up having his hand forced shows his humanity. The Others – they might seem like monsters, but they are human beings, emotions and histories as well. It’s meant a lot to me because the show is not departing from its original message.

Q: The season three side of Kate and Sawyer’s relationship has seen them go to places they haven’t been to before: the highs, the lows, and everything in between. How has that been to develop as actors?
JH: Evangeline is great and we work really well together. We have a great way of bringing the most out of each other’s performance.
EL: Josh and I desperately wanted to make sure that this story was told properly. We didn’t want it be a cliché and we represented the truth of the love behind the characters rather than just the lust or the passion and I think being vulnerable with one another had a big hand in that.

Q: What do you think it is about Kate and Sawyer that gives them that spark?
EL: Sawyer’s always seen through [the persona] she’s presented to the group and he’s gotten right to the nitty-gritty of who she really is. There are no secrets or pretenses between these two people. The fact that he loves her knowing all of her crap is one of the main reasons why she loves him.
JH: Sawyer recognized that being in love puts him in a very vulnerable state. It will be very natural for Sawyer to fight his vulnerability and somehow succeed to screw up, in one way or another, and be on his own again very soon. As a character, it’s hard to see Sawyer being in a relationship where he isn’t wearing the pants, if you know what I mean.
EL: I don’t think Kate is actually in love with Sawyer. She sees Sawyer’s beautiful, pure clean love for her and that makes her love him. I think her love for him comes from the place of “you are the first man to see me as me and love me anyway.”

Q: Love being the complex thing it is, what’s your take, Evangeline, on Kate’s emotions for Jack?
EL: I’m starting to see, very clearly, that the difference between her love for Jack and for Sawyer is: she loves Jack even though he can’t seem to love her for who she is. She loves who Jack is, and she loves Sawyer because he loves her for who she is… but Kate doesn’t actually love who Sawyer is. She is hoping and wishing that Sawyer will be something else – to be more noble, but he never expects that from her. It’s really beautiful and tragic, because Kate loves the wrong guy. She loves the guy that doesn’t really love her, and isn’t that so true of how we often are in reality?

Q: Josh, what do you think has made Sawyer the way he is?
JH: The lack of trust and security in his young life, and the fact that he never had a normal childhood has led to a very volatile, untrustworthy adult Sawyer. You can never guess what his next move – or for a lack of better word, screw-up – will be. Remember in season two, when Sawyer finally started to show his humanity and people started to warm up to him? What did he do next? He stole all the guns and sort of went back to where he started – on top of the list of the most hated. That wasn’t a very nice thing to do, but Sawyer operates a lot from a place of insecurities and fear, especially when he feels vulnerable or threatened in any way.

Q: What else about Sawyer’s past are you chomping at the bit to see explained or explored in another flashback?
JH: In one of the past episodes, Outlaws, there was this character, Hibbs [played by Robert Patrick] who had a dark history with Sawyer. I’d love to explore what really happened between them in the past that soured their relationship.

Q: How would you both sum up the Kate/Jack/Sawyer conundrum?
EL: Well, I think Kate and Sawyer tend to behave like flirting teenagers, picking on each other. For the first time [in this season], because the stakes are way higher than before, it forces them to grow up and face the reality of what is beneath it all. Kate is a very compassionate and caring person and she’s able to detach herself from interactions at her surface, but in her core she always cares too much. The fact that it’s Jack only ups the ante. Instead of making her turn to her survival instinct and find a way to get him, she abandons reason because it’s Jack. She isn’t able to see the sky from the ground and she can’t work out the best way to go and get him. She’s only in instinctual mode with “must go back, must go back, must go back” at any cost. It doesn’t matter if it’s the right way or the wrong way – she just has to go back to satisfy the guilt for leaving one of the men she loves behind. I say one of the men, because I don’t believe her love for Jack negates the fact that she loves Sawyer, just in a different way. The fact that she faces Sawyer day-in-day-out is a reminder that she loves two men, and it’s killing her. The fact that she can’t control the fact that she loves both of them is going to drive her crazy.
JH: As I’ve always said, Sawyer is fun to spend a crazy weekend with; however, Jack is a keeper. As the saying goes: it ain’t over till it’s over.
EL: Maybe what she feels for Jack is more pure and more right, but it’s just not ready yet. Maybe eventually, in the future, he will see her for her and still love her, but there is part of me that wonders where this story will go. Will she eventually stop fighting Sawyer and his instinct to be an Alpha male? The whole notion of “every man for himself” goes back to the beginning of mankind, and maybe she will stop fighting that and allow him to be himself and still love him? Or maybe, eventually, Jack will stop fighting Kate’s nature. At this point it could go either way…